Pintado se oferece, mas Juvenal ainda não se convence de contratação de novo Adalberto Baptista

quarta-feira, 24 de julho de 2013

O São Paulo já tem um nome que agrada a diretoria à sua disposição caso queira contratar um profissional remunerado para cuidar do futebol profissional do clube. Trata-se de Pintado, ex-volante bicampeão da Libertadores em 1992 e 1993 e campeão do mundo com o Tricolor em 1992 e treinador de times como Paraná, Náutico e Ponte Preta desde 2004.

"Estou sempre pronto para trabalhar no São Paulo, é um sonho, um objetivo meu de vida. Não sou um ex-atleta que está caindo de paraquedas, me preparei, estudei. Venho cada vez mais me aprimorando para assumir uma responsabilidade como essa", disse Pintado em entrevista à Rádio ESPN, nessa terça-feira.

Pintado chegaria para fazer a função na qual o atual diretor de futebol são-paulino, Adalberto Baptista, estaria deixando a desejar, de trato com jogadores e comissão técnica, uma espécie de ponte entre diretoria e vestiário. Apesar das críticas a Adalberto Baptista, por ora o presidente do clube, Juvenal Juvêncio, não deve demitir seu diretor.
Gazeta Press
Pintado: à disposição do São Paulo
Pintado: à disposição do São Paulo
A questão é que Juvenal não está convencido da necessidade desse cargo no São Paulo. A hipótese passou a ser ventilada à medida que foi se agravando a crise da equipe, que não vence há dez partidas e perdeu as últimas sete. Mas o presidente não deve tomar uma decisão sobre o assunto tão cedo.
"Ele vai maturar a decisão dele, como faz com tudo. Vai ouvir diretores, a posição de cada um...", opina José Mansur, assessor pessoal de Juvenal.
A presença de um dirigente remunerado que conheça a fundo o dia-dia do vestiário é vista como ponto fundamental para a recuperação do São Paulo, inclusive por Marco Aurélio Cunha, que fez esse papel como superintendente de futebol tricolor entre 2002 e 2011, sob a gestão de Juvenal. Insatisfeito com os rumos do clube, Marco Aurélio abandonou a função há dois anos e hoje é candidato a presidente do Tricolor pela oposição.
"O futebol não é feito de diretor que assiste ao jogo do pay-per-view. É feito de pessoas que convivem com atletas e são bem-vindos, que possam mandar nos atletas. Quando se coloca pessoas que os atletas não acreditam dá nisso", disse Marco Aurélio em entrevista concedida ao ESPN.com.br.
Corinthians e Palmeiras, rivais do São Paulo na capital paulista, por exemplo, possuem um profissional como esse. Edu Gaspar, ex-volante revelado pelo Corinthians na década de 1990, exerce tal função no time de Parque São Jorge, e José Carlos Brunoro, homem-forte do Palmeiras durante a parceria com a Parmalat, tem a mesma obrigação no Alviverde. Ambos são remunerados.

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