Juvenal demite Adalberto, mas clube cria versão para preservar dirigente

Oficialmente, a versão divulgada pelo São Paulo é que Adalberto Baptista entregou uma carta de demissão para deixar o cargo de diretor de futebol. Mas a verdade não é bem essa. Após conversar com algumas fontes ligadas ao clube do Morumbi, o GLOBOESPORTE.COM apurou que, mesmo a contragosto, o presidente Juvenal Juvêncio demitiu o dirigente, pois este tinha péssima relação com os atletas e vinha sendo constantemente vaiado pela torcida nas arquibancadas.

Adalberto já estava na marca do pênalti há muito tempo. Juvenal vinha sendo constantemente pressionado para se desfazer do diretor de futebol, principalmente após ele ter criticado o goleiro e capitão Rogério Ceni publicamente. Como haverá eleição para presidente no clube em 2014, o mandatário são-paulino tomou essa atitude para não precisar manter o apoio político a Adalberto, que era conselheiro suplente e não escondia de ninguém que sonhava um dia ser presidente do Tricolor.

Na manhã desta sexta-feira, João Paulo de Jesus Lopes, vice-presidente de futebol e que assumiu interinamente o cargo de diretor de futebol, já esteve no CT da Barra Funda acompanhando o treino comandado pelo técnico Paulo Autuori. Ele, inclusive, chefiará a delegação na viagem para a Europa, que terá início na próxima semana. A equipe disputará a Copa Audi na Alemanha com Milan (ITA), Manchester City (ING) e Bayern de Munique (ALE) e depois irá a Portugal para encarar o Benfica pela Copa Eusebio. 

Na sequência, ele volta ao Brasil e José Francisco Manssur, assessor da presidência, comandará a delegação na viagem para o Japão, onde a equipe do Morumbi disputará a Copa Suruga contra o Kashima Antlers (JAP).Até como uma maneira de agradecer o trabalho prestado, foi feita uma nota e colocada no site oficial como se o dirigente tivesse pedido demissão. Depois, foi publicada outra carta, onde Adalberto agradece a oportunidade de ter trabalhado no seu clube do coração.

O São Paulo ainda não definiu como resolverá a questão da direção do futebol. São duas as possibilidades. Ou o clube nomeia um conselheiro como diretor estatutário ou contrata um gerente remunerado de futebol, hipótese que cada vez mais ganha força no clube.