O São Paulo tem um forte argumento para combater as críticas pela
excursão que fará pelo exterior entre o fim de julho e início de agosto.
Para passar por Alemanha, Portugal e Japão, o clube receberá o
equivalente a cerca de R$ 5 milhões. O período servirá também para o
presidente Juvenal Juvêncio tentar amenizar a pressão que vem recebendo
para demitir o diretor de futebol Adalberto Baptista, chefe da delegação
no roteiro internacional.
Por causa da idade avançada (ele não revela, mas está perto dos 80
anos), o mandatário tricolor não seguirá com o grupo na maratona de
jogos, fuso-horários e aeroportos em apenas dez dias. Adalberto,
braço-direito de Juvenal, será o responsável por interagir com
dirigentes dos outros clubes e representar os são-paulinos.
A viagem, aliás, contribuirá para o diretor tentar se fortalecer novamente, principalmente perante aos jogadores. As restrições a Adalberto, que já não eram pequenas desde o início da temporada, aumentaram ainda mais depois que ele atacou publicamente o goleiro Rogério Ceni, líder do elenco, na semana passada.
Com o time fora do país, Juvenal aproveitará para esfriar o clima pesado com seus aliados. O presidente vem sendo pressionado até por pessoas da situação para afastar o atual diretor de futebol em virtude dos maus resultados. A série de dez partidas sem vencer ligou o alerta do presidente para a relação instável que seu pupilo tem no clube.
Juvenal vê em Adalberto um grande negociador – participou diretamente das contratações de Luis Fabiano e Ganso – e por isso reluta em afastá-lo. A excursão pelo exterior foi articulada por ele no primeiro semestre. O Tricolor embolsará cerca de R$ 5 milhões para disputar a Copa Audi, na Alemanha, a Copa Eusébio, em Portugal, e a Copa Suruga, no Japão.
As negociações, aliás, causaram polêmicas. O diretor esteve em Portugal para conversar com o Benfica e aproveitou para participar de uma etapa da Porsche Cup, competição em que é piloto. No mesmo dia, o São Paulo era derrotado pelo Strongest, na Bolívia, pela Libertadores. A ausência dele na delegação irritou jogadores e conselheiros.
Já no dia 3, encara o Benfica, em Lisboa, e em seguida parte para o Japão, onde enfrenta o Kashima Antlers, em 7 de agosto. O grupo retorna imediatamente ao Brasil porque tem a Portuguesa pela frente, dia 10, no Canindé, pelo Brasileirão.
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