Se o São Paulo tiver um pênalti a favor nesta quinta-feira, diante do
Atlético-MG, o batedor pode não ser Rogério Ceni. Ao contrário dos
últimos dois jogos da Libertadores, em que se viu obrigado a assumir a
responsabilidade mesmo com o peito do pé direito dolorido, desta vez ele
deve deixar a cobrança para outro.
No jogo passado da competição, contra o próprio time mineiro, mas
pela última rodada da fase de grupos, o camisa 1 chutou a bola no canto
esquerdo do goleiro adversário, o mesmo que havia escolhido no duelo
anterior, frente ao The Strongest. Não mudou porque, sendo obrigado a
usar a lateral interna do pé, não conseguia direcionar a bola ao outro
lado com igual qualidade.
“Do meu gol até o outro, fui pedindo a Deus que ele me desse calma e tranquilidade. Convertida, a bola pode não ter tido tanta importância. Mas, se tivesse sido perdida, poderia ser uma das últimas da minha carreira. Quando se perde um pênalti aos 30 (anos) é uma pena. Aos 40, eu seria velho”, disse o capitão, depois de ter sido um dos heróis da vitória por 2 a 0 sobre o Atlético.
Ceni se machucou em 31 de março, durante clássico contra o Corinthians. Desde então, tem abdicado de alguns treinamentos em campo para priorizar tratamento fisioterápico e compromissos decisivos da Libertadores e do Campeonato Paulista. Na segunda-feira, no último trabalho aberto para a imprensa, participou apenas de aquecimento.
O pé, ainda inchado, continua o incomodando. Só que, agora, Victor sabe disso. Mesmo sendo o cobrador oficial por decisão do técnico Ney Franco, o capitão são-paulino pode não atravessar o campo se houver nova penalidade máxima nesta quinta-feira. Diferentemente das outras vezes, a partida no Morumbi é apenas a primeira, e a vaga será definida só em Belo Horizonte.
aloisio , ganso ou jadson