Pra quê elogiar, se uma critica dá mais audiência?

sábado, 26 de janeiro de 2013


Grande parte da imprensa prefere polemizar com o fato de PH Ganso estar na reserva e esquece de valorizar o bom momento vivido por Jadson.


É natural na imprensa procurar polemizar ao invés de procurar coisas boas para valorizar, nós, jornalistas, aprendemos na faculdade que a polêmica gera mais repercussão, e como todos sabem, ela alimenta os canais de tv, os jornais e a internet, assim como nossas bocas famintas. Esfaimado também é nossa vontade de se destacar nesse mundo das letras que só cresce a cada dia, com o advento da internet e das redes sociais, não é necessário o diploma para expor e todos têm e querem opinar em diversos assuntos, é exatamente o que estou fazendo agora. Deram voz aos mudos, agora, aguentem!

Nunca concordei com isso, acho que as qualidades devem ter mais destaque que os defeitos, mas nado contra a corrente. Os cavaleiros do apocalipse sempre são mais ouvidos do que os arcanjos, por que será? Porque é da natureza humana, porque somos um bando de idiotas, sempre procurando defeitos nos outros, sempre querendo que o outro seja menos que nós, ao invés de tentar melhorar, preferimos acreditar que o outro tem mais defeito que eu. Ledo engano, doce ilusão. Um elogio é bom e faz bem, alimenta a alma e afaga o ego. Uma critica, às vezes, se faz necessário, pode até ser benéfica, desde que bem colocada e entendida.

Talvez essa repercussão com o fato de Ganso, a grande contratação do São Paulo, um imenso investimento financeiro do clube, sendo preterido pelo treinador e amargar o banco de reservas, seja benéfica para o jogador e por consequência, para o time do Morumbi e, até para a seleção brasileira, pois Ganso, é ave rara no mundo do futebol, é o último dos românticos, é gênio, é um exemplar do futebol de antigamente, quando era frequente o cérebro ser mais importante do que a condição física, hoje, é praticamente impossível “sobreviver” ao futebol físico e viril praticado nos gramados do planeta bola. Hoje, o jogador faz musculação ao invés de aprender um drible, aprende a marcar e esquece de pedalar. Aliás, parece que é proibido driblar, é um “desrespeito” com o profissional, ah, vão catar coquinhos! Acho que o Garricha. Seria preso nos dias de hoje com todo aquele repertório de dribles dele não objetivos.

Ganso verá que precisa ser mais participativo, mais vibrante dentro de campo, mais competitivo, como falou Rogério Ceni, fã do camisa 8 do SPFC. Como é o baixinho com o número 10 às costas. Jadson não é craque como Ganso, mas é mais participativo (nem tanto assim), e mais competitivo. É jogador de grupo, um ótimo coadjuvante que pode viver jogos de protagonista, como ocorreu diante do Bolívar, tem bom passe e visão de jogo, chuta forte e chega na área adversária com mais frequência. Jadson e Ganso podem muito bem jogar juntos, defendo essa ideia desde o ano passado. Um é destro o outro canhoto, possuem características diferentes, a equipe perderia poder de marcação, mas ganharia em criatividade, é questão de treinamento e posicionamento. Não me preocupo em tomar 1 ou 2 gols, desde que meu time marque 4 ou 5.

Com todo este burburinho de Ganso no banco, que o SPFC está perdendo dinheiro, que o Juvenal Juvêncio vai impor sua escalação e todas as inúmeras especulações e hipóteses apocalípticas levantadas pela fielpress, estão perdendo uma boa pauta; o bom momento de Jadson, o jogador que despontou no Atlético-PR e que logo foi para o futebol ucraniano e fez historia com a camisa do Shakhtar Donetsk, sendo considerado o maior jogador daquela equipe, não é valorizado por nós brasileiros e até por grande parte dos são-paulinos. É absurdo a cornetagem sobre ele na arquibancada do Morumbi, é visível a rejeição que sofre por grande parte da torcida, antes de pegar na bola já o criticam, mas como fala JJ: “o tempo é o senhor da razão” e ele calará a voz dos cornetas, os números do camisa 10 tricolor são muito bons e é com base neles que Ney Franco banca sua escalação na equipe e é com eles que Jadson quer fazer história também no SPFC.

Vamos aguardar as novas polêmicas e tentar sobreviver com todas, afinal, se há uma certeza no jornalismo praticado nos dias de hoje é que elas sempre estarão em pauta.
E viva o controle remoto!


0 Comentários i:

Postar um comentário