Os tempos atuais sugerem a cor dourada. Depois de a Fifa e a France Football divulgarem a lista de 23 nomes para a Bola de Ouro, o jornal italiano "Tuttosport" nomeou os 39 concorrentes ao "Golden Boy" (Menino de Ouro em inglês). Como indica o nome, a premiação é dada ao melhor jogador de até 21 anos que atua no futebol europeu. Ainda que um pouco escondido, quase sem oportunidades no Dínamo de Kiev, da Ucrânia, o brasileiro Dudu é um dos candidatos.
- Seria de uma importância enorme na minha vida profissional. Só de estar concorrendo esse prêmio é algo grandioso, mas espero ficar entre os três finalistas. Apesar de estar concorrendo com grandes jogadores, seria legal se esse apelido de "menino de ouro" pegasse - brincou o ex-meia do Cruzeiro em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM. Além dele, o meia Philippe Coutinho, do Inter de Milão, é outro brasileiro - Mario Götze, vencedor da edição de 2011 pelo Borussia Dortmund, El Shaarawy, do Milan, e Marco Verratti, do Paris Saint-Germain, são três dos favoritos à premiação.
Campeão mundial sub-20 com a seleção brasileira na Colômbia, em 2011, Dudu tem também outros planos em curto prazo. Com apenas seis jogos no Campeonato Ucraniano e nenhum na charmosa e midiática Liga dos Campeões, ele sabe que suas chances estão reduzidas. Por isso, não vê com maus olhos um retorno ao Brasil. O São Paulo já avisou sobre o interesse - que por muito pouco não foi concretizado em uma contratação em julho.
Dudu beija o troféu do Mundial Sub-20: meia teve
- Gostaria de voltar, sim. Ainda mais se fosse para um grande clube como o São Paulo. Seria um sonho a ser realizado, não só meu como da minha família e de todos os meus amigos são-paulinos. Lá em casa é dividido entre são-paulinos e flamenguistas. Também tenho vontade de morar em São Paulo, dizem que também é uma cidade maravilhosa (risos). Vamos ver como as coisas se saem daqui para frente - avisou.
Com Ney Franco no comando, é praticamente certo que o Tricolor Paulista fará nova oferta pelo jogador em janeiro, na reabertura da janela. O treinador é fã declarado do futebol do jogador de 20 anos, com quem trabalhou no Coritiba e também na seleção sub-20. O problema em julho foi a desistência de um grupo de investidores, que pagariam uma quantia próxima a € 5 milhões (R$ 12 milhões na época) pelos direitos de Dudu.
Se o relacionamento com Ney Franco é dos melhores, o mesmo Dudu não pode dizer de Oleg Blokhin. Ex-técnico da seleção ucraniana, ele assumiu o Dínamo de Kiev em setembro e parece não enxergar no brasileiro um grande potencial.
- Isso é o que complica mais para mim. Se eu estivesse jogando mais aqui poderia estar mais forte na disputa (pelo "Golden Boy"). Na Champions eu fiquei no banco e só em um jogo, não tivesse o gostinho de ouvir o hino, entrar em campo. Não sei se ele não curte os sul-americanos, sei que nunca me deu oportunidade - encerrou.
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