O encontro em campo com o Corinthians rende péssimas recordações ao
são-paulino Wellington. Durante as quatro temporadas em que defendeu o
Corinthians, entre os 10 e os 14 anos de idade, o volante foi vítima de
muito preconceito.
”Enquanto o Wellington treinava, eu escutava outras mães dizendo que ele
nunca daria certo... que era um absurdo um pobre achar que iria virar
jogador... que o Corinthians era lugar só para gente de condição”,
relembra dona Dora, mãe de Wellington e também alvo de racismo.
”A gente perdia cinco horas por dia no ônibus, no metrô e a pé para ir e voltar do Parque São Jorge”, conta Wellington.“Quando chovia, nos molhávamos inteiros e os meninos passavam de carro por nós e buzinavam, sem oferecer carona, só para provocar, mesmo”, emenda.
Em 2005, uma proposta melhor do São Paulo pôs fim ao martírio no Parque São Jorge. E, por ironia do destino, nenhum dos preconceituosos dos tempos de Corinthians virou jogador profissional. Já ele calou todas as previsões negativas.
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