Dos sete jogadores afastados pela diretoria do São Paulo após a
eliminação na Taça Libertadores, um tem merecido tratamento diferente. O
lateral-esquerdo Cortez, um dos reforços mais caros adquiridos pelo
clube nos últimos anos, só sairá do Morumbi vendido. Nenhuma proposta
por empréstimo será levada em consideração.
O motivo é simples: além dos quase R$ 8 milhões investidos na compra de
70% dos direitos do jogador, o Tricolor recusou recentemente algumas
ofertas para negociá-lo. A expectativa era de que ele pudesse ser
decisivo, principalmente na disputa da Libertadores, que era a
prioridade do clube na temporada.
Os valores colocados à mesa, aliás, poderiam ter feito o clube receber o
dobro do que investiu. Uma das propostas, de uma equipe do exterior não
revelada, teria alcançado a marca dos € 6 milhões, quase R$ 16 milhões.
Cortez sentiu a recusa. O jogador, o mais utilizado pelo São Paulo em
toda a temporada passada, caiu de rendimento em 2013 e passou a
decepcionar, tanto que perdeu a vaga para Carleto ainda na primeira
fase da Libertadores. Nos jogos decisivos contra o Atlético-MG, sequer
ficou no banco de reservas e caiu em desgraça.
– Eles pediram para que fizéssemos a negociação, mas o São Paulo achava que seriam importantes. Isso (queda de produção) não é por querer. É natural. Nós não podemos nos arrepender do que deixamos de fazer. Vamos pensar o futuro – afirmou o diretor de futebol Adalberto Baptista.
Cortez vem sendo bastante assediado por clubes brasileiros após o afastamento ordenado pelo presidente Juvenal Juvêncio. O Tricolor, contudo, recusou as propostas de empréstimo feita por Santos e Flamengo – o Rubro-Negro queria a liberação gratuita do jogador, algo fora de cogitação.
Além dele, o São Paulo ainda procura um destino para o volante Fabrício e o atacante Wallyson. Os zagueiros João Filipe e Luiz Eduardo foram para o Náutico, enquanto o lateral-esquerdo Henrique Miranda seguiu para o Figueirense. A Portuguesa contratou o meia argentino Cañete. Todos saíram por empréstimo.
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