São Paulo enfrenta Atlético-MG com pressão de alcançar sonho de Juvenal

terça-feira, 7 de maio de 2013

Imagina desempenhar um trabalho sabendo que aquele é um projeto especial para seu chefe e que essa é a sua última chance? É com essa sensação que o São Paulo desembarca em Belo Horizonte, em Minas Gerais, para enfrentar o Atlético-MG na próxima quarta-feira, no Estádio Independência. Vivendo seu último ano de mandato, o presidente são-paulino, Juvenal Juvêncio, tem grandes expectativas de conquistar o título da Libertadores no cargo máximo do clube, além de garantir a vaga no Mundial de Clubes, no fim do ano, em Marrocos.

Como seu mandato acaba em abril de 2014, essa se configura como a última oportunidade para que o vaidoso Juvenal possa dizer que conduziu seu time ao título com presidente. Ele já pôde soltar o grito de “é campeão” apenas como diretor do clube, como em 2005, por exemplo.

Para que o projeto dê certo, Juvenal afirma nos bastidores que fez tudo o que acha necessário para a conquista de um título. O mandatário fez questão de dar apoio irrestrito ao treinador Ney Franco, mesmo nos momentos de crise. Na vitória que classificou a equipe para o mata-mata de última hora, na rodada derradeira da fase de grupos, o presidente fez questão de presentear seus jogadores com um gordo bicho que beirou a casa dos R$ 50 mil.



Na montagem de elenco, ele trouxe Lúcio, Aloísio, Wallysson e Silvinho, além de manter nomes cogitados para o mercado europeu, como Rhodolfo. Ele ainda renovou com Rafael Tolói e Marcelo Cañete. Faltou Eduardo Vargas, sonho do comandante que não pôde ser realizado por causa de um leilão feito pelo Napoli. O chileno acabou no Grêmio, mas ainda não decolou no tricolor gaúcho.

Juvenal também tem como hábito estar bastante presente no dia a dia do futebol. É comum ver fotos e vídeos divulgados pelo site oficial do São Paulo com a presença de Juvenal no vestiário. Em dias de reclusão do grupo no CT da Barra Funda, como foi na semana que o time precisava derrotar o Atlético-MG para avançar às oitavas da competição sul-americana, ele esteve nos treinos e na rotina dos jogadores todos os dias.

Desta vez, para poder comemorar a vitória e pagar o bicho sem nenhum peso na consciência, Juvenal precisa ver os seus jogadores vencerem o Atlético-MG por dois gols de diferença ou um, caso o placar seja com no mínimo três gols tricolores.

No poder desde 2006, o cartola tem mandato até abril de 2014 e, mesmo que os tricolores sejam campeões da América no próximo ano, não será ele o presidente em exercício. Isso porque o estatuto do clube não permite uma nova reeleição de Juvenal.

Na sua última vitória nas urnas, aliás, a oposição já se movimentou bastante tentando impugnar o pleito, chamando a atitude de golpe. Tudo porque Juvenal já havia sido reeleito em 2008 pela segunda vez, o máximo que as leis são-paulinas permitem. Como no meio de sua gestão houve uma mudança no tempo de mandato, o presidente alegou que, em 2011, era a primeira vez que ele concorria com as novas regras.

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