Após tirar Ganso, Ney não teme pressão da diretoria para escalá-lo

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013


Paulo Henrique Ganso começa 2013 como uma incógnita no São Paulo. O meio-campista, apontado como um dos mais brilhantes jogadores da nova geração, ainda não justificou os R$ 23,9 milhões gastos pelo Tricolor em sua contratação. Depois de colocá-lo mais uma vez no banco de reservas após a discreta atuação contra o Santos, o técnico Ney Franco não pretende ceder a uma possível pressão de dirigentes para escalá-lo e garante: vai pensar apenas no time.

– Nunca conversei com a diretoria do São Paulo sobre esse aspecto (autonomia para escalar). Meu primeiro papel aqui é ser o mecanismo de recuperação do atleta. Ao mesmo tempo, trabalho em um clube que requer resultados e títulos. Para isso, não posso imaginar como os jogadores chegaram aqui, se vieram da base ou se foram contratados a preço de ouro – afirmou o treinador.

Ney Franco nega interferência da diretoria (Foto: Roberto Vazquez/ Futura Press/Agência Estado)
No ano passado, o atacante Dagoberto, já com um pré-contrato assinado com o Internacional, chegou a declarar que foi barrado de uma partida contra o Atlético-PR por interferência do presidente Juvenal Juvêncio. Emerson Leão, técnico do clube naquela ocasião, negou.


Ney Franco bem que tentou transformar Ganso em titular absoluto, mas o rendimento ficou muito abaixo do esperado. O meia começou o ano na equipe principal, diante do Mirassol, porém, acabou no banco nos duelos principais, frente ao Bolívar, pela prévia da Libertadores.

Ganso só voltou a ser utilizado na formação inicial nos confrontos pelo Campeonato Paulista, competição secundária no primeiro semestre tricolor. O gol marcado diante do Atlético Sorocaba animou, mas a exibição sem brilho no clássico contra o Santos o colocou no banco novamente.

– Tenho de ser fiel às minhas convicções, independentemente do pensamento do torcedor, da crítica ou da parte diretiva. Em alguns momentos, você faz uma mudança na equipe em função do resultado dentro de campo. Meu grande papel é montar um time que consiga vitórias e brigue por títulos – ressaltou Ney.

Uma das justificativas para o baixo rendimento é o condicionamento físico. Segundo o corpo clínico, Paulo Henrique ainda não atingiu o ápice, principalmente por causa do longo período ausente em 2012 e de só ter retornado nas últimas rodadas do Brasileirão. Ney Franco acredita que o jogador tem tudo para evoluir com o passar dos jogos.

– Sei que estamos falando de um jogador acima da média. Meu caminho é auxiliá-lo na recuperação, mas preciso me preocupar com os resultados também. O elenco foi montado para as conquistas. Estou animado com o Ganso, ele tem tudo para fazer uma ótima temporada conosco e vai nos ajudar. Não sabemos quando, ele está sendo preparado.


Reserva diante da Macaca, nesta quarta-feira, no Morumbi, Ganso voltará a ser titular na rodada seguinte, contra o Guarani, sábado, às 16h20m, em Campinas. Para a Libertadores, contudo, continuará como um reserva de luxo de Jadson – o Tricolor estreia na fase de grupos frente ao Atlético-MG, quarta-feira que vem, em Belo Horizonte.

– Ele já fez quase todo o jogo contra o Santos, tem possibilidade de entrar contra a Ponte e vai jogar diante do Guarani. Acho que estou muito bem servido nessa posição.

1 Comentários i:

  1. Anônimo disse...:

    que isso ney franco ele jogar bem de uma chace para ele

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