Quando conheceu Lucas dias depois da conquista do São Paulo na Copa
Sul-Americana e na véspera da ida do ídolo para o Paris Saint Germain,
Aline Silva tinha ainda mais um sonho: ver Rogério Ceni jogar no Morumbi antes da sua aposentadoria.
A partida entre São Paulo e Portuguesa, no último sábado, poderia ser a
última oportunidade, já que Ceni pode confirmar que vai pendurar as
chuteiras no fim do ano. E ela fez de tudo para ver o camisa 1 tricolor e
a vitória do seu time por 2 a 1 sobre a Lusa.
Porém, por sua saúde debilitada em razão da distrofia muscular e escoliose (desvio na coluna), as condições de mobilidade dificultam. Quando conheceu Lucas, foi preciso de uma ambulância para o deslocamento entre sua residência em Poá, na região metropolitana de São Paulo, até o Morumbi.
- Minha mãe não queria de jeito nenhum me levar porque tinha medo de acontecer alguma coisa. Tentamos conseguir uma ambulância com a prefeitura, para minha mãe ficar mais tranquila, mas não conseguimos porque o jogo seria já no sábado e eles só iriam ter duas ambulâncias funcionando... as outras estavam quebradas.Tivemos que ir de carro mesmo, arriscar – explicou Aline.
A jovem de 21 anos não anda há dez anos e usa um aparelho 24 horas por dia para auxiliar na respiração. Ela vê no São Paulo uma força de vida para superar a doença. Foi assim que venceu a incredulidade de um médico, que alertara anos atrás da grande possibilidade de a paciente não sair mais do hospital. Fanática, não teve dúvidas e, mesmo sem ambulância, foi para a capital de carro, ciente dos riscos.
- Fiquei atrás do gol. Quando o São Paulo entrou em campo, me emocionei bastante, não dava pra acreditar que eu tinha conseguido, que eu estava ali, vendo pela primeira vez meu time entrar em campo.
exemplo de vida, atentem jogadores como uma pessoa move montanhas para ficar perto de seus idolos, reflitam e amem a camisa que vestem. JRR