O técnico Émerson Leão "aconselhou" o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, a deixar o cargo no Tricolor. Polêmico, o ex-treinador da equipe do Morumbi estabeleceu uma relação entre a renúncia do papa Bento 16 com a do cartola.
- Infelizmente, Juvenal, eu vou dizer uma coisa para você. Isso não é crítica, é realidade: Faça como o papa, renuncie pela idade. Já passou, não seja ridículo mais ainda - declarou o ex-treinador, no programa Bate-Bola, da ESPN.
Émerson Leão mencionou o cardeal alemão Joseph Raztinger, de 85 anos, que renunciou, no dia 12 de fevereiro, ao posto por conta da idade avançada. Na quarta-feira, o argentino Jorge Bergoglio foi eleito pelo conclave para ser o papa Francisco. O presidente são-paulino tem 81 anos e está à frente do Tricolor desde 2006. O mandato acaba em abril de 2014.
De acordo com o treinador, a relação ficou estremecida já na sua primeira passagem pela equipe do Morumbi. Em 2005, Leão deixou o comando do São Paulo por conta de uma "dívida de gratidão" com um amigo japonês e foi dirigir o Vissel Kobe (JAP). Na época, o presidente era Marcelo Portugal Gouvêa e Juvenal Juvêncio ocupava a direção de futebol do clube. O fato, segundo Leão, não foi bem "digerido" pelo atual comandante.
Na temporada passada, as crises aumentaram. Após ser demitido, o ex-treinador entrou com uma ação trabalhista contra o Tricolor, alegando que o clube "valeu-se de um contrato paralelo de cessão dos direitos de imagem para mascarar o pagamento de salários". Contudo, o juiz Fabiano de Almeida, da 18ª vara Trabalhista (2ª Região) julgou como improcedente todos os pedidos do técnico.
- Tem algumas coisas que o Juvenal não digere: É você sair, sem ser convidado a se retirar; é você pôr o São Paulo na justiça trabalhista, que eu fiz também, e outras coisas do dia a dia, lá dentro.
Émerson Leão ainda afirmou que o tem grande prestígio pelo clube, mas que o Tricolor ficou "parado no tempo".
- Eu quero deixar bem claro para os torcedores do São Paulo que o São Paulo é maravilhoso para se trabalhar. Tem de tudo, mas não se renovou tudo - completou.
No estádio Julio Grondona, em Buenos Aires, onde o São Paulo enfrenta o Arsenal, o presidente tricolor reagiu com aspereza às críticas de Leão e questionou o porquê de Jadson e Osvaldo não serem escalados quando o técnico dirigia a equipe.
FALCÃO!
Treinador do São Paulo na época, Leão lembrou que Falcão já tinha sido reprovado em outras oportunidades, e o campo não era seu habitat.
- O Falcão já havia sido testado no futebol de campo umas três vezes, né? Na Portuguesa, no Palmeiras e no próprio São Paulo, com o Milton. Enfim, não deu certo em nenhum clube. Ele é o Pelé do salão - disse Leão em entrevista ao canal ESPN.
Segundo o treinador, Falcão chegou ao São Paulo por causa do irmão dele, que teria ido à casa do presidente Marcelo Portugal Gouveia instalar um ar condicionado. A partir de uma conversa informal, surgiu o convite para ele visitar o São Paulo.
- Quando ele chegou (no CT) eu até o cumprimetei. Depois o presidente falou que ia contratar ele por marketing. E eu falei: esse marketing vai dar problema. E deu. Quem fica como o ruim? Quem não escala. Não dá, ele queria dar bicicleta fora da área - explicou Leão.
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